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Em Salvador dia 31 de Maio: II Seminário de Filosofia africana

Dia 31 de Maio na UCSal durante a Semana da África vai acontecer o I Seminário Internacional de Sociologia africana e o II Seminário Internacional de filosofia africana. O evento é organizado pelo professor Bas´Ilele Malomalo. Mais informações no cartaz abaixo ou pelo email: semanadaafricaucsal@gmail.com.

O Brasil é a segunda nação com maior população negra do mundo. Perde somente da Nigéria. Comporta, conforme o censo do IBGE de 2010, cerca de 51% de pessoas autodeclaradas negras, isto é, pretas e pardas. A Bahia, especificamente, nos territórios de Recôncavo baiano e de Salvador, concentra um nível elevado de negros e negras. O Instituto do Desenvolvimento da Diáspora Africana no Brasil, o Grupo de pesquisa África-Brasil; Produção de Conhecimento, Sociedade Civil, Desenvolvimento e Cidadania Global/CNPq/UNILAB e o Grupo de Pesquisa em Antropologia das Cidades/UCSAL (Coordenadora Julie Lourau); além de direcionar seus trabalhos de investigação e intervenção social para a população de afrodescendentes, desenvolvem atividades de promoção de direitos de cidadania para imigrantes africanos/as no Brasil, que hoje estão em torno de 31 mil. O evento em pauta dá continuidade ao I Seminário de Filosofia Africana organizado, em 2016, pelos Grupo de Pesquisa Narrativa e Educação (Coordenador Marco Carvalho Lopes) e Grupo de Pesquisa África-Brasil (Coordenador Bas´Ilele Malomalo); e faz emergir duas novas ações I Semana da África na Ucsal e I Seminário Internacional de Sociologia Africana. A caracterização do evento em “internacional” é devido à composição do seu público e dos/as pesquisadores/as integrantes das mesas que são de vários países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Itália, Guiné Bissau, França, Moçambique, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo. Isso ocorre porque a Unilab é uma universidade pública brasileira com um corpo docente e discente internacionais. De fato, os conhecimentos, valores e estéticas a serem produzidos durante o evento, obedecem aos princípios da interdisciplinaridade dos Estudos Africanos, em que cada pesquisador/a parte da sua área de especialidade e cria diálogos consigo mesmo e junto com o seu público. Essa perspectiva é compreendida como a feitura da encruzilha do belo, político, ético, espiritual e epistemológico emancipatórios. É tudo o que esperamos que aconteça na realização da primeira semana da África na UCSAL. Pois, o 25 de maio remete a celebração da luta pela descolonização do continente. Ora, entre os/as negros/as brasileiros/as, mulheres e povos indígenas existem outras datas comemorativas, 13 de maio, 8 de março, 19 de abril, que não fogem das polêmicas e questionamentos por serem objetos de disputas políticas, de escrita de histórias e manutenção de identidades individuais e coletivas. O que nos interessa é a dimensão da crítica emancipatória que movem esses sujeitos históricos. É ela que faz com que a perspectiva africana, afrodescendente, feministas e indígenas, de forma geral, de epistemologia sejam decoloniais e libertadoras.

Marcos Carvalho Lopes

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