A filosofia brasileira tem seu ponto de partida não no espanto diante da maravilha do cosmos; talvez compartilhe com a filosofia africana o assombro diante da desumanização de si mesmo, mas tem como experiência marcante a naturalização da desigualdade e da perspectiva autoritária, numa descrição que segue as práticas predatórias coloniais, a escravidão, a ditadura, os colégios militares etc. Se a filosofia brasileira é aquela que pensa a experiência história deste país, buscando articular caminhos normativos para os problemas que vivemos… falar da Ditadura é incontornável.
É claro que existe a filosofia brasileira soja, universal, insípida e inodora, para exportação; e, também, a filosofia brasileira int(r)eg(r)alista, nacionalista, positivista, da ordem e progresso, reacionária, que naturaliza a violência e quer civilizar/destruir qualquer diferença.
Nós aqui continuamos em pé e sugerimos alguns de nossos episódios para pensar esse tempo em que nuvens de gafanhoto querem ser celebradas…
#083 – O que resta da ditadura?, com Edson Teles
#114 – Ditadura e Memória, Silvia Brandão
#143 – Ditadura e o lugar do negro, com Wilson do Nascimento Barbosa
171 – Guerrilha do Araguaia, com Romualdo Pessoa
#041 – Desbunde, com Haroldo André Garcia de Oliveira – Filosofia Pop
199 – Militarização da educação, com Miriam Fábia Alves
#063 – Herbert Daniel, com James Green – Filosofia Pop
#061 – Segurança Pública, com Luiz Eduardo Soares – Filosofia Pop
178 – Sistema Jagunço, com Gabriel Feltran