Murilo Ferraz e Marcos Carvalho Lopes recebem Susana de Castro, Doutora em Filosofia e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para falar sobre Feminismo.
A ideia do podcast Filosofia Pop é trazer discussões filosóficas com pitadas de referências culturais.
Se você não conhece ainda a mídia podcast e tem dúvidas sobre como acompanhar o programa, veja este guia.
Vamos nos encontrar aqui a cada duas semanas para iniciar conversas filosóficas, sempre às segundas-feiras, e continuar o papo com vocês nos comentários e redes sociais.
Se você curtiu o episódio, deixe seu comentário. É muito importante termos o retorno dos nossos ouvintes.
Você pode também enviar um e-mail para [email protected].
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Com vocês, mais um episódio do podcast Filosofia Pop!
Sobre a Susana de Castro
Susana de Castro é doutora em Filosofia pela Ludwig Maximilian Universität München, professora de filosofia e do programa em pós-graduação em filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), autora de livros sobre Filosofia e coordenadora do laboratório Antígona de Filosofia e Gênero.
Site da Pós-graduação em Filosfia da UFRJ
Laboratório Antígona de Filosofia e Gênero
Página da #partidA no Facebook
Texto sobre o livro Filosofia e Gênero no Filosofia Pop
Currículo Lattes da Susana de Castro
Comentados no episódio
(27/04/1759 Spitalfields, Reino Unido – 10/09/1797 Londres, Reino Unido)
(09/01/1908 Paris, França – 14/04/1986 Paris, França)
Judith Butler
(24/02/1956 Cleveland, EUA -)
Paul B. Preciado
(1970 Burgos, Espanha -)
Indicações da Susana de Castro:
Livros
Filmes
Maria Antonieta (2006)
Biutiful (2010)
Ninfomaníaca (2013)
O fracasso dos estereótipos de gênero (2014)
Indicações do Marcos:
Livros
Filosofia e Gênero – Susana de Castro
Podcast: Play in new window | Download (Duration: 44:35 — 30.6MB) | Embed
ouvi o episódio hoje, muito bom.
não tinha me ligado nessa questão em relação as representantes eleitas que não assumem uma pauta feminista e tals. Muito interessante. Anotei também as indicações.
Achei que vocês foram machistas porque o episódio com uma mulher demorou menos do que os anteriores, que foram com homens e demoraram mais. Rs
Susana não tinha muito tempo no dia dessa gravação. Precisamos nos adequar ao tempo da pessoa entrevistada.
Parece que “Rs” não foi suficiente. Eu deveria ter usado “Rsrsrs” ou #sarcasmo (Rsrsrs)
Caramba, to conhecendo o podcast agora e comentando nos episódios que eu gosto na medida que vou ouvindo. Esse episódio foi de longe o que vi com mais comentários hahah Gostei muito do episódio, a Susana é agradabilíssima. Eu só senti falta da filosofia em si, vim com muita expectativa de aprender algo da área por causa dos outros eps que ouvi. Tenho tentado entender algumas coisas da teoria feminista e tem poucos “clássicos” traduzidos e pelo menos na biblioteca daqui não tem quase nada. Quem sabe um próximo episódio pra ela tratar um pouco mais das teorias, fundamentos e etc., Ela citou a Butler e a Preciado, que eu gosto muito e tão muito populares, mas quem sabe ouvir algo tb sobre a Kristeva e a Irigaray que já são autoras que parecem ter uma teoria mais mais difícil de acessar (pelo menos pra mim). Acho que é uma área ampla e com muitas coisas a serem exploradas! Estou ansiosa para ouvir mais episódios sobre filosofAs <3 parabéns pelo ótimo trabalho, tô gostando muito!
Oi Isabella, muito obrigado pelo comentário e pela dica… vamos tentar caminhar nessa direção que você indicou.
Caramba, to conhecendo o podcast agora e comentando nos episódios que eu gosto na medida que vou ouvindo. Esse episódio foi de longe o que vi com mais comentários hahah Gostei muito do episódio, a Susana é agradabilíssima. Eu só senti falta da filosofia em si, vim com muita expectativa de aprender algo da área por causa dos outros eps que ouvi. Tenho tentado entender algumas coisas da teoria feminista e tem poucos “clássicos” traduzidos e pelo menos na biblioteca daqui não tem quase nada. Quem sabe um próximo episódio pra ela tratar um pouco mais das teorias, fundamentos e etc., Ela citou a Butler e a Preciado, que eu gosto muito e tão muito populares, mas quem sabe ouvir algo tb sobre a Kristeva e a Irigaray que já são autoras que parecem ter uma teoria mais mais difícil de acessar (pelo menos pra mim). Acho que é uma área ampla e com muitas coisas a serem exploradas! Estou ansiosa para ouvir mais episódios sobre filosofAs <3 parabéns pelo ótimo trabalho, tô gostando muito!
Deixando aqui meu parabéns pelo episódio.
☺️
Não concordo, pois foi muito parcial. A única coisa que vi foi um ódio pelas maiorias, como se as minorias sempre fossem as coitadinhas. Todos somos pessoas. Não tem estas coisas. O podcast foi excelente para aprender, mas a idéia é simplesmente terrível.
Imparcialidade não existe. Sua discordância ou concordância em nada muda as análises já feitas por diversos pensadores e pensadoras acerca do machismo em nossa sociedade. Se o podcast serviu para você aprender, espero que tenha também servido para olhar para si e encontrar os seus próprios privilégios e talvez tentar fazer o exercício de se colocar no lugar do outro (chama-se empatia).
Postando com pseudônimo, infelizmente, porque não quero conflitos mas quero um mundo mais justo. O meu apelido e a minha escrita deixam claro que sou homem, mas por favor, leiam isso como um conjunto de ideias e não reduzam ao “ad hominem” (soa até irônico).
Em primeiro lugar, parabéns pelo podcast. Descobri entre as indicações do podcast addict e estou ouvindo como maratona, desde o primeiro. Gostei especialmente dos episódios sobre filosofia punk e filosofia brasileira. Novamente, parabéns pelo trabalho de excelente qualidade.
Dito isso, vamos ao assunto desse episódio. Feminismo.
Em geral, concordo com a opinião da entrevistada quanto à situação de desigualdade da mulher em relação ao homem. A posição das mulheres hoje me parece desvantajosa em comparação com a dos homens, mas não sei exatamente em quais métricas e por quais razões.
Vou tratar de um caso, somente: os exemplo que ela cita, como a mulher que vive na favela com muitos filhos.
Eu não sei se ela está assim por escolha, por irresponsabilidade, por “herança” de um sistema (governo, igreja, etc) que a predispôs a essas escolhas. Se as crianças tem um pai, dois. Se ela tem um companheiro ao lado dela, trabalhando como pedreiro em condições degradantes por aí para prover a ela e aos filhos, tão vítima quanto ela.
O que eu sei é que isso é um exemplo e que por essa razão há falta de detalhes. O que eu sei, é que eu ter citado um possível companheiro dela já pode ser lido como “hmm, agora o homem que é a vítima, né?”. O que eu ACHO é que um discurso que fala em “patriarcado”, “luta”, “guerra”, “opressão”, me parece pegar emprestado termos de outros movimentos sociais como o dos negros. E que essas palavras caem nos ouvidos de pessoas desequilibradas que as interpretam literalmente. Mas eu também sei que não posso criticar isso porque diminuir o vocabulário do movimento feminista é enfraquecer as ideias delas, é “diminuir” o problema e isso não é justo.
A questão feminista, me parece, primordialmente, uma busca pela liberdade que em geral os homens fazem mais uso, mas em seus próprios termos. Eu gostaria que a luta fosse HUMANITÁRIA, para que os homens, mulheres (e outras classificações que não vou citar por ser ignorante no assunto), TODOS pudessem dispor de liberdade para decidirem o que for melhor para si mesmos. Mas sei que isso é reduzir a importância de uma causa especial para cada grupo desses, que dificilmente as pessoas se uniriam em prol de um ideal utópico desses e que, na prática, é um “cada um por si, deus por todos” para cada subgrupo que busca melhorias para si.
Por fim, gostaria de citar um autor que tem discutido o assunto em seu blog em um ponto de vista bem frio e racional e mesmo assim tem sido mal interpretado: http://blog.dilbert.com/post/133862720761/is-the-united-states-a-patriarchy-or-a-matriarchy
No fim, não sei dizer exatamente como resolver uma situação tão complexa. Será que existe uma solução? Que minha dúvida não impeça alguém de a encontrar.
Obrigado pelo espaço para comentar. Até o fim dessa semana termino de ouvir os outros episódios mas já sei que boas ideias me esperam.
@ragnar_o_viking:disqus, obrigado pelo seu comentário. Não sei se entendi direito mas não vi nada de ofensivo ou que possa gerar conflitos no seu comentário.
Se está dizendo que a luta deve ser por igualdade, concordo. Mas aí cabe dizer que se a igualdade é o objetivo, seria necessário tratar os desiguais desigualmente…
Acho complicado dizer o que o feminismo deve ou não reivindicar e como deve reivindicar. Se vão conseguir o que reivindicam já é outra história, depende da força de mobilização, do convencimento democrático de que essas ideias são válidas, negociação.
Abraço e aguardo você nos próximos episódios.
Qual é a música que toca no final?
Olá, Olivia. É Desconstruindo Amélia, com a Pitty.
Adorei esse podcast, tinha uma série de dúvidas sobre o feminismo e com essa ótima conversa com a professora Susana de Castro aprendi muito e formulei novos questionamentos.
Um forte abraço,
Fábio
Fico feliz que tenha aproveitado o programa. O programa serve bem como um ponto de partida, é um tema bem vasto.
Abraço.
Conheci o cast recentemente, por indicação de algum outro que não me lembro. Só queria deixar meus cumprimentos e votos de que o programa tenha vida longa. Parabéns a todos. E sobre o episódio, é sempre bom ver esse tema tão relevante e urgente sendo discutido, e que venham mais! Obrigado pessoal. Abraço.
Obrigado, @disqus_nDwLImIFP9:disqus. Que bom que curtiu. Esperamos você nos próximos episódios.
Abraço.
Vejo-me como um homem feminista, considerando todas as limitações do termo, mas achei o discurso da Profa Susana um pouco vago e as vezes carente de embasamento histórico (quando falou sobre partidos políticos, mesmo concordando com ela) ou de diálogo com outras áreas do conhecimento (A DC Comics é conhecida por ter personagens pouco complexos em relação aos da Marvel, e a Mulher Maravilha não foge disso).
Depois que vim aos comentários foi que percebi que a proposta do episódio era realmente ser introdutório. Terá uma segunda oportunidade, um outro episódio sobre Feminismo? Um mais aprofundado e dialogando com outras correntes feministas? Acho o tema muito interessante e profícuo, assim como espero que o podcast o seja por muitos anos. Parabéns pela iniciativa e pela entrevista com a Professora Susana.
@luizpaulogomespimentel:disqus, obrigado pelo comentário. A professora Susana é muito capacitada para falar sobre o tema, mais do que qualquer um de nós do site. Se há alguma falta de embasamento, com certeza se deve à nossa falta de habilidade em construir as perguntas.
Por enquanto não estamos pensando em abordar as correntes do feminismo mas podemos pensar em fazer algo nesse sentido no futuro, se houver interesse.
Abraços.
Excelente episódio! Desmistificando o feminismo, movimento que apoio totalmente. (acabo sofrendo ofensas por isso, até mesmo de ditas feministas que dizem que eu, como homem, não posso ser feminista.)
Sobre o que comentam sobre a mulher maravilha, recomendo fortemente que leiam a fase da personagem escrita pelo Greg Rucka, que explora muito bem a personalidade e as diferenças na forma como ela enxerga as coisas, muitas vezes indo contra principios defendidos pelo Superman ou pelo Batman. Um exemplo disso é que ela, como guerreira amazona que é, acredita sim que às vezes, em situações extremas, a solução é matar o inimigo.
Obrigado, @disqus_OuPSc4Kfvv:disqus. Que bom que gostou do episódio. Vou procurar as histórias que você sugeriu.
Abraço.
@disqus_OuPSc4Kfvv:disqus , acho que é importante ressaltar que o posicionamento da professora Susana não representa o movimento feminista como um todo, que é, como qualquer movimento social, muito heterogêneo. Há correntes feministas que consideram que um homem não pode ser feminista e convém respeitá-las.
Tem razão 🙂
Pessoal, parabéns pelo episódio. Muito bom mesmo. Já estou aguardando o episódio sobre filmes com a professora Susana.
Obrigado, Nélio. vamos combinar com a professora Susana e fazer esse episódio sim.
Não sei se estou sendo ignorante, mas, não gostei do episódio, não tem nada demais, é só o que sempre ouvimos das feministas, foi falado muito mais sobre o que a mulher sofre do que o movimento em si, conheci o podcast por esse programa, estava a procura de como é realmente o movimento, já que deve ter algum motivo para falarem tão mal do feminismo.
Sobre o Filosofia Pop, um ótimo podcast e tende a melhorar muito, e essa ideia de apresentar filosofia em uma linguagem acessivel é incrivel, continuem com esse trabalho
Que pena que não gostou do episódio, @juan_da_silva:disqus. A ideia era servir como uma introdução mesmo, apontando algumas indicações para estudos complementares, mais voltado para questões filosóficas do que uma avaliação do movimento feminista, que nem teríamos condição de fazer.
Fico feliz por saber que acompanha e gosta do nosso trabalho, vamos continuar com certeza.
Abraço.
Muito legal o episódio, pena que, justo neste, o áudio de um dos participantes teve problemas tão sérios.
Vocês farão episódios sobre filósofos e filosofias de fora da Europa, como África, Oriente, médio e Ásia, (China, Índia, Japão.), filosofia na América pré e pós Colombo, por exemplo?
Parabéns pelo bom trabalho, mesmo ainda com poucos episódios vocês já estão mandando muito bem.
Olá, @ivansp:disqus. Pois é, o áudio do Marcos tava muito ruim, infelizmente. O máximo que consegui melhorar foi isso aí :p .
Temos planos de fazer episódios sobre Filosofia fora da Europa sim. Logo logo aparece por aqui.
Obrigado pelo apoio, é muito legal ver que a galera está gostando do trabalho. Estamos aprendendo ainda a fazer isso e tem sido bem gratificante.
Abraço.
Que legal, Murilo, bom saber disso, já estou curioso sobre quais filosofias, filósofos e países vocês irão abordar, o ambiente de divulgação cientifico/cultural é sempre tão eurocêntrico e ocidentalista(no sentido de Estados Unidos mesmo), que é sempre refrescante ouvir alguém abordando outros modos de ver e pensar o mundo.
Aliás, no final deste podcast vocês falaram que em um episódio sobre feminismo era necessário a participação de uma mulher, vou estender essa observação, seria ótimo se houver uma mulher em todos os episódios, além de vocês dois, seria ainda mais enriquecedor ter as interpretações do ponto de vista feminino sobre todos os temas abordados no Filosofia Pop.
Abraço
@ivansp:disqus, concordo com você. Vamos tentar pelo menos aumentar a presença feminina nos programas. Quanto a ter uma participante fixa, era uma ideia que eu tinha desde o início mas depende de vários fatores.
Obrigado pela crítica construtiva, é sempre bom ter esse tipo de retorno.
Abraço.
Olá, Murilo e Marcos!
Fugindo de todo anonimato, gostaríamos de fazer alguns comentários sobre a entrevista com a convidada Susana de Castro Amaral Vieira veiculada recente pelo podcast de vocês.
Há entre as sufragistas e as feministas da década de 60 em diante não apenas uma diferença de gradação, mas de essência; as sufragistas, por exemplo, jamais compactuariam com a revolução sexual ou com o aborto (este visto pelas feministas como um “direito”). Eu escrevi uma pequena nota em meu blog pessoal sobre isto, aqui:
http://mauriciossilva.com.br/o-livro-o-outro-lado-do-feminismo-e-a-mentira-da-primeira-onda/
Sobre esta questão, sugiro o livro “The Flipside of Feminism”, de Philly Schlafly e Suzzane Venker, o qual já está traduzido para português, mas infelizmente não encontrei o link para venda. A versão em inglês está disponível aqui:
http://www.amazon.com/The-Flipside-Feminism-Conservative-Women/dp/1935071270
Quanto ao termo “feminazi”, vale um esclarecimento: o atributo “nazi” não é aplicado exclusivamente a feministas. Aliás, elas não foram nem de longe as primeiras a recebê-lo. “Nazi” atribui um aspecto específico do nazista estereotipado: a atitude totalitária. Um usuário do portal WordReference.com define assim seu uso:
“Nos EUA, utilizamos a palavra “nazi” para caracterizar qualquer fanatismo de zelo exagerado que busque controlar uma determinada prática ou atividade”
(http://forum.wordreference.com/threads/feminazi-grammar-nazi-etc.1115960/)
Assim, temos, por exemplo, o “grammar nazi”, o “tobacco nazi”, o “fashion nazi” e o “econazi”. Aqueles que dizem não fazer sentido equiparar um movimento libertário como o feminista ao holocausto, por exemplo, estão completamente certos; entenderam errado, contudo – por ignorância ou por malícia –, o que se quer dizer com “feminazi”.
Temos algumas outras considerações, se nos permitem.
A entrevistada defende a criação de um partido feminista no Brasil, cuja principal e distinta função seria representar as mulheres desde os cargos políticos. Isto chega a ser particularmente curioso na atual situação brasileira, pois encontramos no cargo político de maior poder do país justamente uma mulher. Susana, no entanto, não nos deixa por muito tempo confusos e esclarece a questão logo em seguida:
“(…) quando elas [as mulheres] são votadas, elas não têm uma pauta feminista. As mulheres são votadas sem reconhecer que elas precisam levar ou ser representantes de pautas que dizem respeito a questões da luta da mulher”
Agora, sim, compreendemos com clareza. A fundação desse partido não visa a representar a mulher, mas a trabalhar na implantação cada vez mais avançada do feminismo, identificado sorrateiramente como a luta da mulher. Todos sabemos de que se trata esta luta: direito ao assassinato de seres humanos em gestação, destruição do núcleo familiar tradicional (agindo em associação com os ativistas da pauta LGBT), entre outros males.
Para que se faça justiça, a convidada fala sobre a melhoria nas condições das maternidades, questão em que estamos em plena comunhão e pleno acordo. Todavia, embora esta questão atinja primariamente a gestante, atinge igualmente toda a família, inclusive os bebês a nascer e recém-nascidos. Fica, na verdade, difícil conciliar esta preocupação com a defesa de um direito ao aborto. Não se trata, portanto, de uma luta feminista (como o é a luta por um direito ao aborto), mas de uma luta da família que se multiplica. Isolar a mulher como se ela tivesse engravidado sozinha é um erro. Paradoxalmente, as mulheres engravidam sozinhas cada vez mais (isto é, fora da família), muito por causa da própria revolução sexual feminista. Quanto a creches, é de nossa opinião que este recurso deveria ser utilizado o mínimo possível, pois consideramos um desserviço à liberdade da família a delegação da educação dos filhos ao Estado, hábito que nos aproxima dos antigos espartanos e das sociedades sob regimes totalitários.
É isto. Um forte abraço!
Maurício Silva.
(também publicarei este comentário em meu blog)
.
Falou em família tradicional perdeu, nem vou falar das demais bobagens do comentário pq esse já explica os equívocos cometidos
Olá, Maurício.
Sua tentativa de atenuar o termo feminazi soa como uma versão piorada do “é só uma piada”. O termo é claramente utilizado em tom jocoso, pejorativo e sempre com intenção de ofender. Se há aqui alguma ignorância ou malícia, não parece ser dos que criticam o termo mas dos que tentam defendê-lo.
Um partido que se diz #partidA, assumidamente feminista, não está “sorrateiramente” defendendo o feminismo.
Se, em resumo, o que você chama de “destruição do núcleo familiar tradicional” é o apoio aos direitos LGBT, legalização do aborto, direito às mulheres de serem protagonistas das suas próprias vidas, devo dizer que apoio completamente essas causas e não vejo nenhuma família sendo destruída por isso.
(Os gays já se casam e o mundo não acabou :O)
No mais, sou um homem falando sobre feminismo. Tenho bem pouco a dizer mas não poderia me calar.
1) Você pega o termo feminazi, fala que ele não é ofensivo ele ‘so’ se refere ao totalitarismo. TERMO RELACIONADO AO HOLOCAUSTO NAO OFENDER?
2) “As sufragistas lutaram pelo direito de mulheres votarem em todos os cinquenta estados, mas elas eram mulheres voltadas à família, que não tinham nenhum desejo de erradicar a natureza feminina. Também eram resolutamente contra o aborto.” AONDE QUE FEMINISTA QUER ERRADICAR A NATUREZA FEMININA?
3) “As feministas da década de 1960 (e as posteriores), por outro lado, não são a favor da família. Além de considerarem o aborto uma questão de “direito” da mulher, consideram o lar como uma gaiola para a mulher.” AONDE QUE FEMINISTA É CONTRA A FAMILIA?
4) “A fundação desse partido não visa a representar a mulher, mas a trabalhar na implantação cada vez mais avançada do feminismo, identificado sorrateiramente como a luta da mulher. Todos sabemos de que se trata esta luta: direito ao assassinato de seres humanos em gestação, destruição do núcleo familiar tradicional (agindo em associação com os ativistas da pauta LGBT), entre outros males.”
– LUTA DA MULHER POR DIREITOS IGUAIS, POR RESPEITO, POR SEGURANÇA E LIBERDADE, DISFARÇADO DE FEMINISMO. Mauricio, numa boa você acha que você homem branco eterno de classe média não é um cara privilegiado? e outra, você acha que tem o DIREITO de falar isso? Você não tem o MINIMO DE EMPATIA pra saber o que é ser mulher.
– Direito ao assassinato de seres humanos em gestação: Você sabe o que é ter uma gravidez indesejada? Sabe o que é ter uma gravidez? Sabe o que implica em carregar um filho na barriga? Sabe o que é não ter controle sobre seu corpo pq uma sociedade toda aponta o que você deve ou não fazer? Sabe? Não, então não opina!
– Destruição do núcleo familiar tradicional: ISSO NAO É PAUTA FEMINISTA NAO INVENTA!
– Pauta LGBT: As pessoas são donas dos próprios narizes e corpos. Você não é dono do seu? Não é bom ser dono das próprias vontades e não ter ninguém te julgando de certo ou errado? Então deixe as pessoas serem livres.
(Não vem me dizer que eu estou aqui ferindo o seu direito de liberdade de expressão não pq o que vc esta fazendo aqui é DISCURSO DE ODIO e isso é MUITO DIFERENTE DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO)
5) “O feminismo é o mesmo porque seus princípios são constantes: a destruição do núcleo familiar, dos valores tradicionais e, por conseguinte, da civilização ocidental.”
JA FALEI QUE ISSO NAO É PAUTA!
6) ” Quanto a creches, é de nossa opinião que este recurso deveria ser utilizado o mínimo possível, pois consideramos um desserviço à liberdade da família a delegação da educação dos filhos ao Estado.” Então você quer que a sua mulher pare de trabalhar para que ela cuide do seu filho? Porque você criado no machismo não vai deixar o seu emprego pra cuidar do seu filho né? Não vai dividir as tarefas com ela, não vai acordar a noite para dar mamadeira, fazer dormir e trocar as fraldas né? Pq isso TUDO é o dever da mulher, então homem não tem essa obrigação.
EMPATIA MEU CARO, EMPATIA FAZ BEM!
..
Sou totalmente a favor dessa luta que do espaço das Mulheres na sociedade, mas so queria saber até a onde vai essa reivindicação, em todos os âmbitos ou em quase todos?
Weslei, obrigado pelo seu comentário. Não sei se entendi muito bem a sua pergunta. Acredito que não há como colocar um limite na reivindicação feminista (ou em qualquer outra reivindicação), a não ser por aqueles que reivindicam. Se o que querem vai ser atendido plenamente é uma outra história.
Voces poderiam, por favor, fazer um podcast no futuro abordando de forma mais detalhada, dentro das limitacoes da midia podcast, as ideias e a obra de Nietszche? Muito legal a ideia do filosofia pop.
Agradecido.
Olá, Felipe. Obrigado pelo seu comentário. Que bom que gostou do podcast.
O tema que você sugeriu é interessante é bem possível que façamos um programa sobre Nietzsche no futuro. O Não Obstante, podcast do Marcos Beccari, fez um episódio muito interessante que trata deste autor. Se quiser conferir: http://filosofiadodesign.com/nao-obstante-11-a-arte-na-filosofia-madura-de-nietzsche/
Abraço.
a entrevista flui muito bem. gostei muito. gracias!
Obrigado, Cristina. Que bom que gostou. Muito gratificante receber seu comentário.
Valeu Cristina! A Susana enriquece e qualifica o “filosofia pop”, fica fácil! Neste fluir é bom resaltar o trabalho de edição do Murilo…. tá cada vez melhor!
Muito bom,# partida to dentro
Obrigado pelo comentário, Carla. Que bom que gostou. Incluí na postagem o endereço para a página da #partidA no Facebook.
acabei de ouvir a entrevista com Susana de Castro, e foi ótimo. pra quem está mergulhando nessas águas novas do feminismo, inspirador.
Obrigado pelo comentário, Letícia. Que bom que gostou da entrevista, a professora Susana tem muito o que dizer, foi um prazer entrevistá-la. Espero que possamos contar com a presença dela mais vezes.
Oi Letícia, vale recomendar de novo o livro Filosofia e Gênero como uma boa introdução… sobre a necessidade de combinar reconhecimento com políticas públicas vale a leitura deste:http://www.gtpragmatismo.com.br/redescricoes/redescricoes/ano2_02/1_castro.pdf