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#011 – Filosofia Africana: Ancestralidade e Encantamento, com Adilbênia Machado – Filosofia Pop


Murilo Ferraz e Marcos Carvalho Lopes recebem Adilbênia Machado, doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), membro dos grupos de pesquisa GRIÔ: culturas populares, diásporas africana e educação (UFBA) e do NACE (Núcleo de Africanidades Cearense), para falar sobre Ancestralidade e Encantamento.

A ideia do podcast Filosofia Pop é trazer discussões filosóficas com pitadas de referências culturais.

Se você não conhece ainda a mídia podcast e tem dúvidas sobre como acompanhar o programa, veja este guia.

Vamos nos encontrar aqui a cada duas semanas para iniciar conversas filosóficas, sempre às segundas-feiras, e continuar o papo com vocês nos comentários e redes sociais.

Se você curtiu o episódio, deixe seu comentário. É muito importante termos o retorno dos nossos ouvintes.

Você pode também enviar um e-mail para contato@filosofiapop.com.br.

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Com vocês, mais um episódio do podcast Filosofia Pop!


Sobre a Adilbênia Machado

Adilbênia Machado
Adilbênia Machado é doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Mestra em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Bacharela e Licenciada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará. É membro dos grupos de pesquisa GRIÔ: culturas populares, diásporas africana e educação (UFBA) e do NACE (Núcleo de Africanidades Cearense), UFC. Participou de 2009 a 2012 do grupo de pesquisa REDPECT, nas linhas de pesquisa ACHEI (Africanidade, Corpo, História, Educação e (In)Formação), CPC (Cartografia do Pensamento Contemporâneo) e Cinema, Áudio-Visual e Educação da UFBA. Atuou como assistente na equipe de consultoria contratada pela Secretária do Estado da Bahia para a construção do texto-base das Diretrizes da Educação Quilombola do Estado da Bahia, atuou como pesquisadora para a USC (Universidade do Sul da Califórnia) na pesquisa “Relações Raciais na fala do professor”, atuou como Tutora a Distância no Curso de Produção de Material Didático para a Diversidade, parceria da Universidade Aberta do Brasil com a UFBA e no Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Pública (UFC). Filiada a Associação Brasileira de Pesquisadores Negr@s.

E-mail da Adilbênia
Alguns Filósofos Africanos
Ananse: Educação, Sociedade e Práxis Pedagógica
Filosofia Africana e Currículo: Aproximações
Filosofia Africana para descolonizar olhares
Linguagem e identidade Africana/Afro-brasileira
Dissertação de mestrado da Adilbênia
Currículo Lattes da Adilbênia


Comentados no episódio

0h01m00s – Pauta principal
Placide Frans Tempels
Placide Frans Tempels
(18/02/1906 Berlaar, Bélgica –
09/10/1977 Berlaar, Bélgica)
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
(27/08/1770 Stuttgart, Alemanha –
14/11/1831 Berlim, Alemanha)
Paulin J. Hountondji
Paulin J. Hountondji
(11/04/1942 Abidjan, Costa do Marfim – )
Wole Soyinka
Wole Soyinka
(13/07/1934 Abeokuta, Nigéria – )
Muniz Sodré
(12/01/1942 São Gonçalo dos Campos, Bahia)
Eduardo Oliveira
Eduardo Oliveira
(20/05/72 Presidente Prudente, São Paulo – )
Wanderson Flor Do Nascimento
Wanderson Flor Do Nascimento
Renato Nogueira dos Santos Junior
Renato Nogueira
Luís Carlos Santos
Luís Carlos Santos
(22/10/84 Salvador, Bahia – )
Luís Tomás Domingos
Luís Tomás Domingos
Nkolo Foé
(20/04/1955 Obak , Camarões – )
José Castiano
José Castiano
( Moçambique – )
Manuel Casqueiro
Manuel Casqueiro
0h46m30s – Indicações de livros, músicas e vídeos

Indicações da Adilbênia:

Filmes

Pode me chamar de Nadí (2009)

Negro lá, negro cá

Filhas do vento (2005)

Livros

 Filosofia da Ancestralidade - Eduardo Oliveira
Filosofia da Ancestralidade – Eduardo Oliveira

Música

Bantos Iguape – Canto para Oxum (Oro mi maió)

Milton Nascimento – Anima

Bob Marley – War

Artigo

De boca perfumada a ouvidos dóceis e limpos. Ancestralidades africanas, tradição oral e cultura brasileira – Ronilda Iyakemi Ribeiro

Indicações do Marcos:

Livro

Murilo Ferraz

Graduado em Ciência(s) da Computação, fotógrafo amador e agora podcaster

36 Comentários

  1. Olá pessoal !Q delícia ouvir vc Adilbenia! Sou de Londrina PR e fui diretora de 2012 a 2014 em um centro de Ed Infantil onde desenvolvi um projeto piloto de ambientação do espaço pedagógico,( uma parceria da secretaria de educação de Londrina com o Mec). Estudamos muiiiiiiiiiiiito e orientei o trabalho em uma sala multifuncional com o tema diversidade. A cultura africana foi trabalhada durante os 3 anos e as crianças em um processo de tenro desenvolvimento puderam aprender a treinar seus olhinhos para ver com “outros olhares”.O trabalho foi orientado por uma consultora do Mec e uma parceria com a Universidade Estadual de Londrina foi estabelecida e várias alunas do curso de pedagogia estagiaram conosco no projeto Pibidi.Fiquei super motivada a falar pois tb acredito que é na educação infantil que se deve iniciar o processo de “encantamento “.Foi muito prazeroso e gratificante provar , mesmo q para uma pq população , q educação séria de qualidade e publica pode sim acontecer,basta dedicação e coragem para enfrentar as dificuldades. Os detalhes deste projeto seriam de grande contribuição para educadores de td o país .Não posso deixar de colocar q estes projetos ocorrem por td país. Infelizmente a Secretaria de educação de Londrina não quis dar continuidade mas deixo aqui uma pitada de curiosidade e me coloco a disposição dos colegas. Obrigado a todos por estes Posts incríveis e gostaria de deixar registrado ao amigo João Artuzo q me indicou e incentivou a postar um pouquinho da minha experiência p contribuir com profissionais das diferentes áreas de conhecimento. Joseane Madi

    • Joseane, grata!!! fico feliz com seu depoimento, são ações como as suas que fortalecem nosso caminhar, nosso acreditar. Infelizmente o poder público ainda nega muito das necessidades do nosso povo… nossa educação ainda é muito colonizada, mas acredito que aos poucos podemos mudar essa realidade. Um abraço e parabéns por suas iniciativas!

  2. Parabéns pela iniciativa, descobri o site recentemente e venho acompanhando os podcasts um a um desde o primeiro. Hoje eu ouvi esse episódio onde a Adilbênia a partir do minuto 26:50 começa a falar sobre essa forma de ensino onde é o aluno que delineia o percurso do semestre. Sei que o MEC tem um projeto piloto onde se utilizam dessa forma de ensino e vim sugerir que façam um podcast sobre a ambientação do espaço pedagógico para educação infantil e fundamental nesses moldes. Agradeço a enorme contribuição.

    • Olá, @joomarcosartuzo:disqus. Obrigado pelo seu comentário. Acredito que faremos algum episódio no futuro sobre ensino e deveremos passar por algo nesse sentido. Valeu pela sugestão.

      Espero você nos próximos episódios.

      Abraço.

      • Grata João Marcos Artuzo… é sempre cada vez mais importante que o estudante seja parte efetiva do seu aprendizado… assim, cada vez mais o currículo deve estar aberto para os saberes oriundas das experiências formativas tanto dxs estudantes quanto dxs professores.

  3. Tenho uma dúvida, tentei esclarecê-la agora, mas não consegui – percebo que algumas pessoas, principalmente negras e negros empoderados, tendem a não utilizar o artigo definido, ao referir-se ao continente africano. Como isto me parece uma questão de escolha, já que, pelo que pesquisei, o uso do artigo é opcional, nesse caso, tenho curiosidade de entender por que a preferência pelo uso sem artigo…
    /* Fiz uma pesquisa rápida antes de vir encher o saco de vocês e não encontrei. Juro que não sou 100% preguiçosa */

    • Olá Juliana…
      Bom, o artigo definido em muitos momentos é suprimido por que não temos intenção de definir como único… a filosofia por centenas de anos foi chamada de A FILOSOFIA como sendo de origem única, o que não é verdade. às vezes utilizamos o artigo como uma ferramenta didática, mas a intenção do seu não uso é para não definirmos como única… não existe uma única filosofia africana, uma única filosofia europeia… é por ai! rs

      • Gracias! Entendo, acho que faz sentido… Buscar pensar sob essa perspectiva, também 🙂

  4. SIM POR FAVOR O PODCAST SOBRE MÚSICA AFRICANA E FILOSOFIA!! rsrs. E outro sobre música da diáspora, em geral. Por favor. xD

  5. Uma referência importante sobre a constituição dos territórios e das trajetórias de negros e de indígenas no Ceará é a de Alex Ratts, pesquisador cearense de antropologia da UFG. O sr. Manuel Casqueiro, fundador da Academia Afro-cearense de Letras, é guineense, radicado em Fortaleza, e participou das lutas de independência de Angola. Parabéns, Adilbênia. Amei a sua fala e as suas referências. Parabéns ao Marcos e ao Murilo!

  6. Estou muito feliz em ter ouvido esse podcast!
    Sou professora Doutora em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e vou recomendar esse áudio para meus alunos da UFRJ. Muitos gostariam de se enveredar pelos caminhos filosóficos, que eu entendo e conheço, mas devido ao meu foco ser a literaturas desses países, não me sinto totalmente confortável em aprofundar esses assustos, pricipalmente relacionados à filosofia ancestral que vive em conflito com a vontade de ser moderno (que se mostra bem na literatura).
    Parabéns!!!

    • Que bacana Viviane! Que o encantamento seja compartilhado e leve muitos a conhecimentos outros de nossas culturas, especialmente a africana! Outro modo de ser / viver / experiência / experimentar o ser no mundo! Gratidão!

  7. Que trabalho incrível de vcs! Esse foi o meu primeiro ep de um podcast e posso dizer que com certeza comecei com o pé direito! A Dra. Adilbênia abordou muito bem as questões e,claro,as perguntas de vcs foram bem colocadas e deu até pra quebrar algumas ideias minhas em apenas 1h de áudio. Adorei as indicações de livros,filmes e principalmente a música,torna tudo mais dinâmico e aumenta a curiosidade de continuar a pesquisar em outras fontes.Virei fã,por favor continuem!

  8. Vim aqui pela divulgação na Cracóvia do Anticast e tenho gostado bastante! Um programa de Filosofia Oriental me deixaria muito feliz!!

    Continue, com o bom trabalho.

    Abraços

    • Olá, @willianabrahamdasilveira:disqus. Que bom que está curtindo! O pessoal lá na Cracóvia tem sido muito receptivo ao programa, o apoio tem sido bem legal. Logo logo vai ter uma surpresa pra galera de lá.

      Sobre Filosofia Oriental, aguarde e verá…

      Abraço.

  9. Incrivel.. O ep me abriu a mente pra questões das quais eu nunca havia me questionado… Obrigado por esse tipo de material cada vez mais diverso, livre de preconceitos (academicos ou raciais) e de ótima qualidade…

    bjo a todos, e em especial para a Adilbênia Machado

  10. Obrigado pelo episódio, e parabéns por terem mostrado que vocês realmente querem sair do mais do mesmo, e já começando logo por filosofia africana, merecem meu respeito.
    Concordo em parte com a crítica de netuh, mas entendo que como é um terreno novo realmente seria difícil aprofundar conceitos em meio a tanta coisa nova que a convidada apresentava, acredito que nos próximos isso poderá ser corrigido, talvez a maior falha mesmo tenha ficado por conta do título que sugere um tema fechado, mas o episódio foi mais amplo do que esperado por mim, o que não pode ser chamado de ruim de forma alguma.
    Uma sugestão, tentem ajudar seus convidados a terem um som melhor, orientando sobre ruídos de fundo, ou microfones apropriados, quando possível, sei que é complicado, mas peço porque um bom conteúdo merece uma boa embalagem, e quanto melhor a qualidade do som mais fácil para apresentar o podcast para novos ouvintes.

    • Olá, @ivansp:disqus. Obrigado pelo comentário.

      A questão do som é bem complicada mesmo. Nem todo mundo tem equipamento adequado e a qualidade da conexão também influencia muito. Eu não tenho muita experiência com tratamento de áudio, faço o que está ao meu alcance pra melhorar a qualidade.

      Isso é uma preocupação nossa sim, estamos atentos a isso. Nem sempre é possível gravar com a qualidade que a gente deseja e consideramos que é melhor trazer o conteúdo com áudio ruim do que não trazer nenhum.

      Obrigado pelas críticas, é sempre importante pra gente melhorar o programa cada vez mais.

      Abraço.

      • Talvez vocês já conheçam, mas por via das dúvidas vou deixar o link mesmo assim o Mundo Podcast tem um monte de tutoriais para ajudar com dicas sobre isso
        http://mundopodcast.com.br/podcasteando/ e o responsável por lá, thiago Miro é um cara muito acessível e disposto a ajudar quem está começando, pode dar alguns toques de como corrigir esses problemas de uma forma que até facilite a vida de vocês para ganhar tempo na edição.
        Um abraço, vivam longamente e prosperem.

  11. Ótimo cast, mas infelizmente vim só pra fazer uma crítica. Foi muito difícil ouvir esse cast. Não pelo conteúdo, mas pela abordagem ao tema.

    Quando eu vi o tema fiquei super interessado pensando que aprenderia conceitos novos sobre uma filosofia que eu nunca ouvi falar e tal. Pensei que vocês iriam apresentar o que seria Ancestralidade e encantamento, e outro conceitos e como eles podem conversar com a filosofia “mais conhecida”.

    Contudo, honestamente nesse sentido foi bem frustrante. Ao invés de apresentar e debater ideias ficaram com um discurso muito “panfletário”. Por exemplo, a participante cita o termo de energia vital (ou algo assim) mas não introduz o que é ou até mesmo como isso poderia estar relacionado com a Vontade de Schopenhauer ou a chama primordial de Platão e etc.

    Pelo amor de Deus, não é uma crítica ao discurso panfletário. Sou completamente a favor do empoderamento do negro e do feminino. Mas se vocês vão discutir o papel da cultura africana na sociedade brasileiro. Deixa isso claro desde o começo do cast até no título.

    E só pra concluir o textão. Se vocês forem chamar alguma desses pesquisadores apontados no cast. Por favor, peçam pra eles darem uma introdução sobre os conceitos da filosofia africana pra as pessoas que ficaram curiosas sobre esse tema.

    Desculpa o range…

    • Oi netuh, provavelmente sua noção de debate de conceitos não foi atendida por motivos que merecem atenção. Quando se dialoga com uma posição que questiona seus pressupostsos epistemológicos não é possível ouvir mais do que “discurso panfletário” e “engajamento”. Cada paradigma, uma sentença. Respeitar os termos e o vocabulário de alguém sem tentar analogicamente dissolve-lo em autores canônicos é um exercicio de cuidado (e de aprendizado). Diálogos são possibilidades de encontro, mas é preciso certa abertura para que isso faça sentido. Em um podcast não podemos dar muitas respostas, mas se você já ficou “instigado” para conhecer mais, valeu. Teremos mais programas sobre filosofia africana em breve!

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