Murilo Ferraz e Marcos Carvalho Lopes conversam sobre questões sobre Filosofia Africana.
Indicações
Compiladas por Sérgio Augusto
Indicações do Marcos:
[LIVRO] Malhas que os Impérios Tecem. Textos Anticoloniais, Contextos Pós-Coloniais – Manuela Ribeiro Sanches
[LIVRO] Descolonizações: Reler Amílcar Cabral, Césaire e Du Bois no Séc. XXI – Manuela Ribeiro Sanches
[FILME] Desobediência – Licínio Azevedo
[FILME] Eu Não Sou Uma Feiticeira – Rungano Nyoni
[FILME] Xala – Sembene Ousmane
[MUSICA] Músico Fela Kuti
[MUSICA] Bota Fala
[MUSICA] A.SE.FRONT
Indicações do Murilo:
[PODCAST] AntiCast 368 – Narrativas Africanas
[PODCAST] Raizes Negras
[PODCAST] Lado Black
[PODCAST] Viracasacas – #83 A História que não contam – com Ale Santos
Livro do Podcast Filosofia Pop
Lançamos recentemente o livro “Podcast Filosofia Pop – Ano 1 – Ensaios de diálogo Filosófico”, que faz parte da coleção Goiânia em Prosa e Verso 2019.
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Vamos nos encontrar aqui a cada duas semanas para iniciar conversas filosóficas, sempre às segundas-feiras, e continuar o papo com vocês nos comentários e redes sociais.
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Em 01:10:20 é dito “Nas línguas yorubás, a ideia de conhecimento depende de uma vivência pessoal. Aquilo que você lê nos livros é considerado crença.” Gostaria MUUUITOOO de uma referência onde isso fosse citado ou apresentado, Agradeço imensamente.
A referência é o trabalho de Barry Hallen, incialmente em parceria com Sodipo (HALLEN, Barry; SODIPO, J. Olubi. Knowledge, belief, and witchcraft: Analytic experiments in African philosophy. Stanford University Press, 1997) e depois sozinho… Pode encontrar em vários lugares, como aqui: https://www.cambridge.org/core/journals/african-studies-review/article/african-meanings-western-words/84B344D5B6CF993C878BAB263331F7FB
Enormemente agradecido!!!
“Por exemplo, no discurso iorubá, “conhecimento” e “verdade” ou “certeza” podem surgir apenas da experiência em primeira mão. Informações obtidas com base em fontes de segunda mão, como outras pessoas, a mídia etc., são tidas apenas como “crença” e como possivelmente verdadeiras ou possivelmente falsas. Se um indivíduo é capaz de testar uma parte dessas informações de segunda mão e verificá-las em primeira mão, estas podem ser elevadas para “conhecimento” que é “verdadeiro”. Se estas permanecem não testadas e não verificadas, devem permanecer como uma “crença” que é possivelmente verdadeira ou possivelmente falsa.
Para aqueles acostumados a pensar nos termos do idioma inglês, as diferenças entre as duas culturas sobre a confiança das informações de segunda mão devem ser aparentes. A esmagadora maioria do conhecimento que uma pessoa instruída na cultura Ocidental considera “verdadeira”, seja científica, histórica, factual etc., é recebido pelos iorubás como sendo de segunda mão e, portanto, do ponto de vista deles, devem ser reclassificadas como “crenças”. Se os falantes de inglês persistirem em suas afirmações de que essas informações (que a grande maioria nunca testou e não poderá testar) são conhecimentos, os iorubas provavelmente as veriam como ingênuo e ignorante” (HALLEN, 2009, p.53).
Quando farão um episódio sobre o Heidegger? Será que já tem e eu perdi?
Tenho um mestre pra indicar se vcs quiserem.
Ainda não fizemos sobre o autor mas no episódio 65 falamos um pouquinho sobre ele:
https://filosofiapop.com.br/podcast/065-extramundanidade-e-sobrenatureza-com-marco-antonio-valentim-filosofia-pop/
opa Vou lá ouvir. Obrigado!
Abraço
Muito bom e necessário esse episódio. Acho que já ouvi todos…:)
Produzo o podcast Arte do Inconsciente. Esse mês debatemos, a partir do espetáculo “A Cor Púrpura” o racismo, um tema muito distante da realidade dos consultórios psicanalistas. Esse podcast me ajudou a entender muitas coisas. Parabéns, o trabalho de vcs é louvável!
Obrigado, Carlos! Muito bom saber que está curtindo o nosso trabalho. Vou conferir o episódio.
Valeu! Sucesso pra vcs!
Oi pessoal!
Adorando o episódio.
Queria tirar uma dúvida, quais os nomes das duas pensadoras citadas no programa que vão problematizar a noção de gênero a partir das questões coloniais? Eu não consegui pegar de ouvido.
Uma outra sugestão é trabalhar com os pensadores caribenhos também, existe uma contribuição enorme que às vezes é difícil de dar conta. E aí quem sabe pensar nas questões coloniais da América latina.
E tem também o pessoal oriental, como o Said, o Bhabha e entre eles uma filósofa que ainda tenho bastante dificuldade, que é a Spivak.
bjão
estamos há tempos tentando um episódio sobre Fanon. Vamos ver se rola…
As autoras citadas são essas: AMADIUME, Ifi. Reiventing Africa: Matriarchy, religion and culture. 2th. Ed. London/New York: Zed Book, 1997/2001.
OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. Tradução para uso didático de: OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceptualizing Gender: The Eurocentric Foundations of Feminist Concepts and the challenge of African Epistemologies. African Gender Scholarship: Concepts, Methodologies and Paradigms.
Conheci ontem o podcast e estou adorando.
Vocês pretendem fazer um episódio sobre Voltaire?
É um nome pra lista de pedidos. Não tinhamos o nome dele em vista… mas vamos ampliando a lista.