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#015 – Filosofia Africana: Ubuntu, com Wanderson Flor


Murilo Ferraz, Marcos Carvalho Lopes e Adilbênia Machado recebem Wanderson Flor, Mestre em Filosofia, Doutor em Bioética e professor da Universidade de Brasília (UnB) para falar sobre Ubuntu na Filosofia Africana.

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Com vocês, mais um episódio do podcast Filosofia Pop!


Sobre o Wanderson Flor

Wanderson Flor
Wanderson Flor é mestre em filosofia e doutor em bioética pela Universidade de Brasília (UnB). É professor Adjunto do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília (UnB), do Programa de Pós-graduação em Bioética (FS-UnB) e Co-líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde – GEPERGES Audre Lorde (UFRPE/UNB-CNPq). Pesquisador das áreas de Filosofia Africana, Interfaces entre a filosofia e a educação, Ética, Filosofia Política e, também, das bases conceituais da Bioética.

Site Filosofia Africana
Currículo Lattes do Wanderson Flor


Comentados no episódio

0h01m20s – Pauta principal
O Espírito da Intimidade – Sobonfu Somé
1h00m00s – Indicações de livros, músicas e vídeos

Indicações do Wanderson Flor:

Livros

Referências da Filosofia Africana – José Castiano
Afrografias da memória – Leda Maria Martins
O mundo se despedaça – Chinua Achebe

Filmes

Em Minha Terra (2003)

O Cuidar no Terreiro

Keita! A herança do Griot. Keïta! l’Héritage du Griot (Burkina Fasso 1995) – Dani Kouyaté

Músicas

Eddy Kenzo – Sitya Loss

Miriam Makeba – Pata Pata

Indicações do Marcos:

Rádio:

Rádio África – Dj Sankofa

Filmes:

Taafé Fanga, o poder da saia – Adama Drabo(1997)

Músicas

Bota a Fala – Preconceito

Indicações do Murilo:

Distribuição Linux:

Ubuntu

Murilo Ferraz

Graduado em Ciência(s) da Computação, fotógrafo amador e agora podcaster

14 Comentários

  1. Brother.
    Eu só escuto pleo iphone, mas vim atrás do site só para lhe agradecer por esse projeto.
    Estudo pedagogia na Cidade de Bertioga-SP, e vejo essa constante necessidade de uma filosofia que me represente e a dificuldade em achar material de pensamento africano para com o brasil.
    Amei esse dialogo de vocês. muito obrigada.

    • Oi Lucas, tem mais algumas coisas no site: textos, traduções…. Confira (e comente!). Abraço e obrigado pelo incentivo.

  2. Olá. Descobri o mundo do podcast há pouco tempo e ainda procuro por temas que eu gosto. Encontrei vocês e só vim dizer que estou adorando! Amei esse podcast sobre Ubuntu e fiquei muito feliz que divido a UnB com o maravilhoso professor Wanderson Flor. Confesso que não sabia que na UnB havia alguém pensando sobre filosofia africana. Procurarei ler as sugestões! Continuem o cast que tá maravilhoso!

    • Obrigado por deixar seu comentário e incentivo.Esse programa com o Wanderson foi muito legal de gravar e efetivamente abre caminhos… Espero ler suas impressões e comentários sobre outros episódios. Valeu!

  3. Parabéns pelo podcast!
    Não ouvi todos os episódios ainda, mas recomendei todos que ouvi! ^^

    Só gostaria de sugerir que fosse colocada uma imagem que refletisse um pouco o tema, talvez alguma arte sugerida pelo convidado, que aparecesse quando compartilhássemos o episódio no facebook.
    Mas como não faço ideia de como se faz isso, não vou ficar incomodando caso não aconteça nos próximos episódios. hahaha

    Muito sucesso!
    Abraços!

    • Obrigado, @disqus_l0cCYoYBCf:disqus. Que bom que gostou do podcast, é muito legal receber o retorno da galera apoiando a gente.

      Nós não temos ninguém pra fazer arte pra gente ainda, já pensamos em colocar. Tecnicamente é fácil, falta a imagem mesmo.

      Obrigado pela sugestão. Espero que continue ouvindo a gente.

      Abraço!

  4. Olá, eu sou o hater que veio reclamar no outro programa. =P

    Esse eu venho elogiar muitissimo. Nesse programa eu pude ter uma boa noção da filosofia Africana. Em especial devido a introdução do Wanderson Flor. Sempre que me vem algo novo sobre filosofia, eu tento encaixar e comparar com os modelos padrões que estou acostumado.

    Só por dizer que pra a filosofia Africana, você não deve fazer isso. E que só isso de querer um conceito já seria uma tradição ocidental. O mundo se abriu pra mim. Lutei durante todo o cast pra evitar fazer comparações com correntes filosoficas e etc. E acho que consegui ter uma noção boa sobre o que seria o Ubuntu (mas minhas críticas ao programa anterior se mantêm, não tiro uma palavra).

    Mas fiquei com alguns questionamentos depois do cast. Não sei se alguém pode me esclarecer. O primeiro seria, a noção de Ubuntu exige um viés Africano? Ou pode haver Ubuntu sem estar necessariamente ligado a África?

    E meu segundo questionamento seria. Numa perpectiva Ubuntu, a globalização seria sempre ruim, ou uma globalização Ubuntu seria onde os povos respeitassem as culturas uns dos outros? Ou nenhum nem outro?

    No mais ótimo cast.

    • @netuh:disqus, se todo hater fosse como você a internet seria um lugar bem melhor… hahahhaa

      Suas críticas são sempre bem-vindas. Sempre que discordar de algo fale.

      Sobre a relação da Filosofia Africana com a Filosofia tradicional ocidental, se a gente comparar com o programa que abordamos a Filosofia japonesa, dá pra notar que a relação é bem diferente.

      Não saberei responder as outras questões, vou deixar pros especialistas.

      Abraço.

    • Olá, Netuh!
      Agradeço pelas palavras e pelos questionamentos.

      De fato é muito difícil pensar “fora” de nossas tradições, já que elas são balizadores de nossos modos de ver e refletir. Minha sugestão é sempre notar que este movimento acontece para buscar, através de uma “auto-análise epistêmica” estabelecer limites para nosso etnocentrismo (do qual ninguém está totalmente livre).

      Sobre teus questionamentos eu arriscaria algumas respostas parciais:

      A perspectiva ubuntu, mais que exigir um viés africano – se é que um tal viés existe -, pede que estejamos atentas/os aos modos em que a experiência histórica e geo-política determina algumas condições para que pensemos. Com isso penso que seja importante entender o contexto no qual a perspectiva ubuntu surge e a quais problemas ela tenta reagir. E isso demanda uma compreensão dos processos históricos nos quais o continente africano está imerso. Por outro lado, enquanto categoria, ubuntu tem algumas pretensões de universalidade; portanto, um sul-africano diria que todo lugar onde ntu estiver presente (ou seja, em todo os lugares) seria possível encontrar a “possibilidade” de ubuntu (a repetição aqui é proposital), mesmo que a experiência ubuntu não tenha sido identificada ou refletida.

      Alguns teóricos que trabalham com a categoria de ubuntu têm feito uma abordagem da globalização de modo a complexificar o entendimento do fenômeno. Mogobe Ramose, por exemplo, tende a pensar que o problema da globalização é exatamente “o que se globaliza”. Se o que se globaliza é uma perspectiva dogmática e hierarquizante da economia, na qual a moeda mais que um meio para um sistema de trocas, torna-se, na modernidade, um fim em si mesma, ela se torna problemática, mas seria possível, na perspectiva dele, a abordagem de uma filosofia ubuntu dos direitos humanos que buscasse mundializar a solidariedade que fosse respeitosa das diversidades culturais. Ou seja, do ponto de vista mais amplo, a globalização não seria essencialmente nem boa e nem ruim, a depender do que se pretenda globalizar.

      Abraços

  5. A fala do professor wanderson que está profundamente ligada com a sua própria experiência, nos ajuda a compreender e nos aproximar do Ubuntu. Tendo em vista, que há muita incompreensão e mau uso da Filosofia Africana – Ubuntu (a publicação de um livro em português “Ubuntu! Eu sou porque nós somos”, do Stephen Lundin e do Bob Nelson, é apenas um dos inúmeros exemplos que muito contribuem para tal). Parabéns à todas as pessoas envolvidas por essa bela entrevista ; )

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