0

Guerra e Paz

A questão do que é pertencer a espécie humana envia a identificação do que não é humano, ou dos seres (negros) que não são humanos, o que são desprovidos da humanitas, os que como nós caíram e continuam a cair do mau lado de uma linha de demarcação correspondente ao reconhecimento, ou ao pleno reconhecimento da humanidade, mas com o mau gosto de nos imiscuir indevidamente entre os homens.

Pertencer a espécie humana nunca é dada uma vez por todas, trata-se de uma pertença que se faz e se desfaz ao grémio da história e das circunstâncias. Como dizia Erasmus (De pueris instituendis, 1528) “os homens, acredita em mim, não nascem homens: tornam-se”.

A nossa não é uma dialética do esclarecimento (escola de Frankfurt) mas de resistência (Eboussi Boulaga) contra a animalização e de luta a favor de um humano reconhecimento  humano.

Eis o sentido terroristico das nossas lutas. Leia mais

1

Essencialismos contemporâneos da Biblioteca Colonial -V

Quando intelectuais, investigadores, escritores e críticos literários dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, tais como, Leopoldo Amado (1960-2021), Gilberto Matusse e Carlos Espírito Santo, com os seus livros, operacionalizam, respectivamente, as categorias de guineidade, moçambicanidade e santomensidade, em linha com os de angolanidade e cabo-verdianidade, manifestam mais uma vez a consciência de comunidades históricas que têm necessidades ontológicas. Leia mais

0

ESSENCIALISMOS CONTEMPORÂNEOS DA BIBLIOTECA COLONIAL-II*

as posições contrárias à suposta bondade da teoria do luso-tropicalismo de Gilberto Freyre (1900-1987), a partir da década de 50 do século XX e ao longo da geração seguinte, configuram a existência de uma produção ensaística publicada, durante o período da luta anti-colonial que, apesar de ser pouco abundante, deve merecer atenção. Leia mais