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#032 – Pensamento Ecológico, com Deborah Danowski – Filosofia Pop


Murilo Ferraz e Marcos Carvalho Lopes recebem Deborah Danowski, professora de Filosofia na PUC-Rio, Doutora em Filosofia pela PUC-Rio com pós-doutorado em Filosofia pela Universidade de Paris IV (Paris-Sorbonne) para falar sobre Pensamento Ecológico.

A ideia do podcast Filosofia Pop é trazer discussões filosóficas com pitadas de referências culturais.

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Sobre a Deborah Danowski

Foto de Deborah Danowski
Deborah Danowski possui Bacharelado em Filosofia (1980), mestrado em Filosofia (1983) e doutorado em Filosofia (1991) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Possui pós-doutorado em Filosofia pela Universidade de Paris IV (Paris-Sorbonne) (2001). Atualmente é professora adjunta da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Moderna (História da Filosofia e Metafísica), atuando principalmente nos seguintes temas: Leibniz, Hume, Filosofia Moderna, metafísica e pensamento ecológico.


Lattes da Deborah Danowski


Comentados no episódio

1h09m00s – Indicações de livros, músicas e vídeos

Indicações da Deborah:

[Livro] Deborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro – Há Mundo por Vir?
[Livro] Svetlana Alexijevich – Vozes de Tchernóbil
[Livro] Bruno Latour- Face à Gaïa
[Livro] Isabelle Stengers – No tempo das catástrofes
[Livro] Ghünter Anders – Le temps de la fin
[Livro] Davi Kopenawa e Bruce Albert – A Queda do Céu
[Livro] Rebecca Solnit – Hope in the dark
[Livro] Rebecca Solnit – A paradise built in hell
[Livro] Ray Bradbury – As crônicas marcianas
[Livro] Cormac McCarthy – A estrada
[Livro] Philip K. Dick – Ubik
[Livro] J. M. Coetzee – Life & Times of Michael K
[Filme] O Cavalo de Turim
[Filme] Indomável Sonhadora
[Filme] Adeus à Linguagem
[Música] Radiohead – Idioteque
[Música] Francisco Aafa – Arrumação
[Site] ATOA – Afundação taba de Oswald de Andrade
[Site] Os milnomes de Gaia

Indicações do Marcos

[Filme] Melancolia
[Livro] Sergio Cohn – Encontros Ailton Krenak
[Livro] Renato Sztutman – Encontros Eduardo Viveiros de Castro
[Livro] Adauto Novaes – A Outra Margem do Ocidente

Indicaçoes do Murilo:

[Podcast] Fronteiras da Ciência S07E20 – Mudanças Climáticas e o IPCC
[Vídeo] Pirula – Aquecimento Global – Último Round (#Pirula 32.3)
[Série] Cosmos: A Spacetime Odyssey – Ep 12 – O Novo Mundo Livre

Murilo Ferraz

Graduado em Ciência(s) da Computação, fotógrafo amador e agora podcaster

4 Comentários

  1. Aproveito para deixar pelo menos uma correção: quando explico o Holoceno, digo que correspondeu, entre outras coisas, à criação da linguagem. Evidentemente estava me referindo à linguagem escrita. Abs.

  2. Excelente programa. Muito bem conduzido, tratando de várias questões fundamentais sobre o tema e em uma linguagem muito acessível. Apenas uma observação: Primeiramente a professora Deborah marca de maneira muito acertada o fato de que o a controvérsia em torno da questão do aquecimento global é uma falácia financiada por atores com interesses econômicos em criar uma falsa sensação de divergência na comunidade científica. Porém, em seguida ela fala sobre o pampsiquismo e como supostamente haveriam cientistas que defendem “o fato de que há outros tipos de pensamento… e que a própria matéria detenha um tipo de pensamento…”. Pois então, se trato do mesmo tipo de mecanismo. Existem uma meia dúzia de físicos totalmente desconectados da academia que suportam esse tipo de ideia. Ideia que nasce do pobre entendimento que o público em geral tem dos fenômenos quânticos. Sou mestre em física, doutorando, e posso lhes assegurar os cientistas que defendem isso, como o Chopra, dizem asneiras absurdas. Ao mesmo nível dos absurdos geofísicos usados pelos negacionistas da questão climática. Também com interesse econômico, já que o Chopra segue o mesmo caminho de um Edir Macedo.
    Ainda, é engraçado observar que para fugir do antropocentrismo pretende-se vestir a natureza daquilo que é mais humano. Vamos tirar o homem da centralidade do universo atribuindo a matéria, já que é o mais fundamental que posso encontrar na natureza, uma qualidade humana. Portanto, acredito que para além da legitimidade como crença metafísica, não há sequer razão filosófica pra se positivar uma coisa dessas. Mas daí já não tenho propriedade pra discutir isso…
    No mais, aprendi e me diverti muito com o programa. Estão de parabéns.

    • Que bom que curtiu, @disqus_w9rOIdgNgG:disqus. Sobre a ideia de pampsiquismo, se for tomada de forma literal, concordo plenamente com você que não tem respaldo científico algum. Não sei, porém, qual a leitura da professora Deborah sobre a questão. O questionamento é muito pertinente.

      Abraço.

    • Caro Rafael, primeiramente fora Temer. Segundamente, obrigada por ouvir meu podcast, tão bem conduzido pelos responsáveis pelo Filosofia Pop e que me levou a pensar várias coisas novas. Agora, esclarecendo: o panpsiquismo (com “n”) a que me referi é antes de tudo uma concepção filosófica (ou um conjunto delas), uma ontologia, uma maneira de entender e descrever a realidade, a existência. Já li há muito tempo alguma coisa (pouca) do Chopra e o que posso dizer com certeza é que realmente não era a ele que eu estava me referindo. Houve filósofos panpsiquistas desde o início da história da filosofia e há panpsiquistas até hoje. Alguns deles estão entre os maiores pensadores de todos os tempos. E poucos deles estavam dizendo coisas contrárias à ciência de sua época. Certamente não eram negacionistas, muito pelo contrário. Tome o caso de Leibniz, por exemplo, o inventor da linguagem binária, do cálculo diferencial, de um complexíssimo sistema de forças físicas que embasava um mecanicismo rigoroso e matemático, um sistema de forças muito mais precisas que aquelas com que Descartes trabalhava, por exemplo. Etc etc). Eu não teria tempo nem espaço para me estender sobre isso aqui, apenas indicaria textos de Galen Strawson (comece pelo artigo na wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Galen_Strawson), este artigo mais geral da Stanford Encyclopedia of Philosophy, e estes dois de Steven Shaviro, http://www.shaviro.com/Othertexts/Claremont2010.pdf e http://www.shaviro.com/Blog/?p=1012. Shaviro em algum de seus textos provavelmente narra casos muito concretos de trabalhos científicos que concluem pelo panpsiquismo. Ou o clássico Monadologia e Sociologia, de Gabriel Tarde, ou o peso pesado Process and Reality, de Whitehead, ou alguma coisa de William James, ou o perspectivismo ameríndio etc. Você tem um mundo aí dentro para começar, e se me permite algum conselho, leia um pouco antes tentar entender o que eu e tantos outros hoje (inclusive, sim, cientistas atuais, como, por exemplo, alguns que fazem experimentos para mostrar que plantas e outros organismos têm pensamento, hesitam, escolhem livremente etc.) E o que quase todos esses dizem é exatamente o oposto do que você disse aqui. Você diz: “é engraçado observar que para fugir do antropocentrismo pretende-se vestir a natureza daquilo que é mais humano.” Ora, o que é preciso entender é que o antropomorfismo (“vestir a natureza do que é mais humano”) é a melhor arma contra o antropocentrismo (justamente dizer que o pensamento é o que é “humano por excelência”, que só nós “por direito” temos pensamento, ou trabalho, ou política, ou valor, ou luto, ou linguagem, ou desejo, ou falta, ou prazer e dor, ou acesso à natureza etc etc etc; porque o antropomorfismo significa que, se o pensamento é o que constitui TODA a realidade, se ele está em toda parte, então o “NOSSO”pensamento não é assim tão importante e especial, é apenas uma pequena parte dele, não é mesmo? Há vários argumentos sobre isso, acho que você deveria lê-los. Novamente: isso não tem absolutamente nada a ver com negacionismo. Abraço, Déborah

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