#214 – Amílcar Cabral, com Filomeno Lopes
Recebemos Filomeno Lopes para uma conversa sobre Amílcar Cabral, reafricanização, epistemologia e muito mais. Leia mais
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A questão do que é pertencer a espécie humana envia a identificação do que não é humano, ou dos seres (negros) que não são humanos, o que são desprovidos da humanitas, os que como nós caíram e continuam a cair do mau lado de uma linha de demarcação correspondente ao reconhecimento, ou ao pleno reconhecimento da humanidade, mas com o mau gosto de nos imiscuir indevidamente entre os homens.
Pertencer a espécie humana nunca é dada uma vez por todas, trata-se de uma pertença que se faz e se desfaz ao grémio da história e das circunstâncias. Como dizia Erasmus (De pueris instituendis, 1528) “os homens, acredita em mim, não nascem homens: tornam-se”.
A nossa não é uma dialética do esclarecimento (escola de Frankfurt) mas de resistência (Eboussi Boulaga) contra a animalização e de luta a favor de um humano reconhecimento humano.
Eis o sentido terroristico das nossas lutas. Leia mais
O texto recontextualiza as ideias de Filomeno Lopes e Severino Ngoenha quanto a proposta da exposição When We See Us que ao trazer cem anos de representação negra na pintura é mote para refletir sobre o sentido da arte africana Leia mais
Meditando sobre a morte, Leonardo Boff dialoga com a perspectiva africana descrita pelo filósofo bissau-guineense Filomeno Lopes: da morte como triunfo da vida! Leia mais
O que está em jogo com os BRICS e no Sahel é o futuro das relações entre os impérios do Ocidente e nós, é o significado que queremos que tenham as nossas independências; é o nosso relacionamento de países independentes com os países que se acreditam donos e senhores do mundo. Não podemos, de maneira alguma, ficar alheios e apáticos aos ventos da história em curso. Temos o dever de pensar sobre como nos apropriarmos e fazer nossos esses movimentos de revolução e revolta que se engajam pelo mundo fora, para criarmos um Moçambique e uma África um pouco menos dependente das hegemonias mundiais, das imposições neoliberais e dos economicismos. Leia mais
O que faremos nos próximos cinquenta anos dos ideais e espírito de Cabral depende nós: abandoná-lo a conferências, prémios, fundações, estudos ? guerrearmos entre nós pelo poder ? deixarmo-nos cooptar através dos dólares/euros ? ou continuar a luta pela materialização das suas/nossas causas e ideais, no momento e nas circunstâncias de hoje?! Leia mais
Os antigos núbios, etíopes e egípcios não queriam ensinar nada além da arte de se comunicar consigo mesmo, com Deus, com os deuses, com o ambiente circundante, com os outros ligados pelo mesmo destino humano de morte e vida abençoada. Leia mais
Severino Ngoenha, Carlos Carvalho e Filomenos Lopes explicam como biblioteca africana de lutas por liberdade é, mais do que nunca, necessária Leia mais
Entrevista publicada originalmente na revista Capoeira – Humanidades e Letras, Vol. 3, Nº. 1 , Ano 2017 p. 85-95. Leia mais
Severino Ngoenha, Filomeno Lopes, Carlos Carvalho neste ensaio cantam o significado possível do Dia da África. Leia mais