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Quando uma biblioteca se queima (Homenagem a V.Y. Mudimbe)

ensaio de Severino Ngoenha e Filomeno Lopes Hampâté Ba dizia: “Quando um velho morre, é uma biblioteca que se queima.”No caso de Valentin-Yves Mudimbe (1941-2025), essa sentença torna-se quase tautológica: era ele, simultaneamente, o velho, o sábio e a biblioteca.… Leia mais

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Estratégia de Lampedusa: Mudar Tudo Para Que Tudo Fique na Mesma

Neste momento histórico, a pergunta não é apenas se voltámos à normalidade. A verdadeira pergunta é: teremos a coragem de inventar um novo normal? Este mês de abril, na cidade de Maputo, a agenda cultural anuncia a apresentação de uma… Leia mais

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Minerais (criticos) para transição energética

Democracia ou Oligarchia? Ensaio de Severino Ngonha, Fredson Guilengue, Augusto Hunguana, Giverage do Amaral & Luca Bussotti A revolução industrial do século XIX, favoreceu/permitiu o fim da escravatura negra e o advento da democracia social no Ocidente. A escravatura não terminou… Leia mais

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#212 – Filosofar em Angola, com Felisberto Dumbo e Filipe Cahungo

Recebemos os filósofos Filipe Cahungo e Felisberto Dumbo para uma conversa sobre como filosofar em Angola, a filosofia africana em língua portuguesa, a crise do muntu ou seja, da ideia tradicional de pessoa a comunidade africanas e muito mais.   Leia mais

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Guerra e Paz

A questão do que é pertencer a espécie humana envia a identificação do que não é humano, ou dos seres (negros) que não são humanos, o que são desprovidos da humanitas, os que como nós caíram e continuam a cair do mau lado de uma linha de demarcação correspondente ao reconhecimento, ou ao pleno reconhecimento da humanidade, mas com o mau gosto de nos imiscuir indevidamente entre os homens.

Pertencer a espécie humana nunca é dada uma vez por todas, trata-se de uma pertença que se faz e se desfaz ao grémio da história e das circunstâncias. Como dizia Erasmus (De pueris instituendis, 1528) “os homens, acredita em mim, não nascem homens: tornam-se”.

A nossa não é uma dialética do esclarecimento (escola de Frankfurt) mas de resistência (Eboussi Boulaga) contra a animalização e de luta a favor de um humano reconhecimento  humano.

Eis o sentido terroristico das nossas lutas. Leia mais