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Máquina do Medo

Máquina do Medo (link para baixar o livro  no final deste post) é um livro que publiquei em 2012, pela editora da PUC Goiás parceria com a Editora Kelps (na controversa coleção Goiânia em Verso e Prosa). Montei o livro em uma semana selecionando ensaios e textos em duas partes: (1) na primeira, Rimas do Pensamento, trago alguns artigos em que diálogo principalmente com Richard Rorty, questionando a separação entre a Filosofia do restante da Cultura, mas também dialogando com o último Foucault pensando o sentido em que a ontologia do presente e a ontologia de nós mesmos dialogam com Kant e a uma ética que se aproxaima com atitude crítica do cotidiano; e em (2) Sentido do Aqui trago alguns artigos em que dialógo com a poesia do poeta goiano Gilberto Mendonça Teles e sua tentativa de traduzir a paisagem goiana, redescrevendo-a  e inspirando mais versos e pensamento (como os de Darcy França Denófrio, Maria Sisterolli e os deste livro mesmo).

Não houve uma revisão cuidadosa dos textos, ainda assim, a publicização abre espaço para autocrítica e novos horizontes. O jeitão da escrita ainda é por demais “acadêmico”, ainda que os acadêmicos o vejam como sendo por demais literário. Precisaria reescrevê-lo,  e aí é melhor escrever outro…

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Valeria a pena criarum glossário, explicando coisas que não estão bem descritas no texto, mas fica aqui só dois exemplos:

Rimas do Pensamento: se as rimas tinham originariamente poder de encantamento, pela repetição ritmica, que se traduzia no corpo em gesto que incorporava a linguagem ( o bater de um bastão no chão etc.); as rimas do pensamento trazem a repetição de ideias que ganham um sentido de encantamento: ideias que rejeitamos ou não elaboramos voltam para nós através de um autor que nos ajuda a traduzir o silêncio (ecos da definição emersoniana de genialidade). Por exemplo, neste livro meu uso de Rorty e Foucault procura criar rimas e traz rimas para autocriação poética, abrem caminhos, para mim necessários (talvez não para outros).

Máquina do Medo: a máquina do medo é um mecanismo internalizado  de repetição estéril, um gesto de acomodação diante dos deuses locais, que dizem ser impossível ir além da repetição pela repetição. Pescar nas margens, na periféria, pede que a angústia do silêncio seja vencida antes de qualquer angústia da influência. É preciso escrever buscando salvar as aparências e as circunstâncias. 

É só clicar no título e baixar:Máquina do Medo (PUC-2013)

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Abertura do discurso de Gilberto Mendonça Teles ao receber o título de Doutor Honoris Causa da PUC-Goiás

 

Marcos Carvalho Lopes

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