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Os ventos da mudança

O que está em jogo com os BRICS e no Sahel é o futuro das relações entre os impérios do Ocidente e nós, é o significado que queremos que tenham as nossas independências; é o nosso relacionamento de países independentes com os países que se acreditam donos e senhores do mundo. Não podemos, de maneira alguma, ficar alheios e apáticos aos ventos da história em curso. Temos o dever de pensar sobre como nos apropriarmos e fazer nossos esses movimentos de revolução e revolta que se engajam pelo mundo fora, para criarmos um Moçambique e uma África um pouco menos dependente das hegemonias mundiais, das imposições neoliberais e dos economicismos. Leia mais

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A pessoa humana no contexto africano segundo Fabien Eboussi-Boulaga – II

Para o Muntu, a primeira epifania “não é o espanto nem a admiração, mas apenas a apatia causada pela derrota total”. À derrota subjaz uma oposição dialéctica entre sujeitos autónomos e seus dispositivos filosóficos. De um lado, está o Muntu, sujeito metafísico africano. No lado oposto está o sujeito ocidental que domina no momento com a filosofia que se apresenta como “alegoria do poder de vencedor”. Leia mais

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Eu sou porque você é

Para muitas pessoas nos países de línguas bantu da África, o termo Ubuntu/botho encapsula todas as qualidades de um membro respeitado da sociedade. Mas o termo também é usado por estudiosos africanistas como uma crítica à doutrina colonialista e até forma o núcleo de uma ideologia humanista sobre a qual a nova África do Sul democrática é construída. Leia mais