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#066 – Karl Marx, com Sabrina Fernandes – Filosofia Pop

Sabrina Fernandes
Sabrina Fernandes

Murilo Ferraz e Marcos Carvalho Lopes recebem a pesquisadora Sabrina Fernandes, do canal Tese Onze, para falar sobre Karl Marx.

Texto da Maria Elisa:

  • Trecho do Manifesto Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels

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Vamos nos encontrar aqui a cada duas semanas para iniciar conversas filosóficas, sempre às segundas-feiras, e continuar o papo com vocês nos comentários e redes sociais.

Murilo Ferraz

Graduado em Ciência(s) da Computação, fotógrafo amador e agora podcaster

5 Comentários

  1. Cara, tou escutando o podcast aqui, mas não pude me conter em escrever alguma coisa. Ela diz que o marxismo não está na maioria dos cursos superiores no Brasil “ao contrário do que o novo governo diz”. Em que país ela vive? O marxismo no ensino superior público brasileiro tem um caráter totalitário, onde aquela minoria pífia que não se deixa seduzir pelo lugar-comum acadêmico sequer imagina que exista um mundo além do pensamento marxista. Eu fiz um curso inteiro de História onde o marxismo era onipresente, numa estadual baiana. Só depois pude esfriar a cabeça e pensar em outras correntes de pensamento sem considerá-las “satânicas”. Dentro da universidade, quem ousa sair da “onda” alguns milímetros é imediatamente ridicularizado por todos, incluindo o círculo de amigos, começando pelo infantil título de “reaça”, até o boicote, especialmente por professores (quando se é um professor também), nos departamentos dos cursos. E tudo isso com íntima ligação em partidos políticos. Mas, ao mesmo tempo, eu entendo que seja difícil enxergar isso estando mergulhado na própria “onda” como agente ativo dela.
    Depois ela diz algo do tipo “se abafarem nossa utopia antes de ela se concretizar, como poderemos dizer que não dá certo?” Bom, se no meio desse caminho alguns milhões de pessoas morrerem de fome ou oprimidos pelo próprio estado, como em inúmeros exemplos (a Venezuela, que já se transformou num problema nosso, a sanguinária União Soviética stalinista e a China paz-e-amor do querido Mao, só pra ficar em três), tudo bem, né? o importante é seguir o protocolo do “movimento” (entendendo que as infinitas ramificações têm pontos básicos em comum), pra usar o termo que ela mesma usou.
    Enquanto isso, esses mesmos agentes ativos nos departamentos dos cursos de Humanas criticam a burguesia do alto de suas belas casas em bairros nobres, com seus filhos cursando medicina em países ricos e passando as férias em Paris todo ano. Desculpem a franqueza, mas eu ando muito saturado desse tipo de hipocrisia, que eu conheci tão de perto. Como dizia o filósofo contemporâneo Falcão, “a burguesia fede, mas tem dinheiro pra comprar perfume”. E é um perfume gostoso, já que seduz tantos tão facilmente.

  2. Sempre muito bom ouvir a Sabrina. Concordo em muito com ela, mas aqui, a meu ver, ela deu uma deslizada grande. Não é que a teologia da libertação subverte o cristianismo é que o cristianismo tem uma proposta materialista que não se separa da espiritual. E a teologia da libertação reotma isso. Não foi o primeiro movimento que fez isso no ocidente. Marx, por exemplo, aprendeu ao converter-se ao luteranismo, com o movimento pietista, esta dimensão materialista do cristianismo, da revelação para os pobres, ajudar o outro em suas necessidades concretas, materiais, etc…antes de Marx e dos pietistas outros autores o fizeram: Roterdã, Montaigne, Lutero… Depois de Marx: Benjamin, Lowy, Dussel, Hinkelammert, papa Francisco…enfim…Engels e Luxemburg foram estudar o Cristianismo primitivo: https://www.amazon.com.br/Cristianismo-Primitivo-Friedrich-Engels-ebook/dp/B00HEYLBQW E reconhecem nele aspectos extremamentes positivos para uma leitura materialista (que não é só material) da história. E a posição final de Marx sobre a religião, não é que ela deva ser erradicada, mas que no socialismo ela não precisará sê-lo…Escrevi algumas coisas sobre aqui: agradeço contribuições ao debate. https://hugoallan.wixsite.com/vivosofando/inicio/a-concep%C3%A7%C3%A3o-de-marx-a-cerca-da-religi%C3%A3o Espero ter colaborado. De qualquer forma, a contribuição que Sabrina dá é ímpar.

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